domingo, 1 de agosto de 2010

vamos falar um pouco sobre aborto espontânio;Quém já não passou por isso não é!

Aborto espontâneo

Ter a gravidez terminando em aborto pode ser muito triste e penoso. As seguintes informações dirão os sintomas e tratamentos para os diferentes tipos de aborto. Talvez isto ajude a entender se tiver um aborto e é pouco provável que tenha feito algo para causá-lo. Existe uma boa chance de que seja capaz de ter um bebê na próxima vez.

O que é aborto?

Um aborto é o final espontâneo de uma gravidez antes da vigésima semana. O termo médico usado é aborto espontâneo.

Mais ou menos 20% de toda gravidez termina em aborto durante as primeiras 16 semanas. Muitos ocorrem dentro de 10 semanas. Algumas mulheres abortam mesmo antes de saber que estão grávidas; um atraso na menstruação pode ser o único sintoma.

Como isto ocorre?

Muitas vezes é difícil saber exatamente a causa do aborto. Contudo, a maior parte dos abortos ocorrem quando os cromossomos do espermatozóide encontram com os cromossomos do óvulo. Muitas vezes o bebê (também chamado de feto) não se desenvolve por completo, ou desenvolver-se de maneira anormal. Em casos como estes, o aborto é a maneira que o corpo termina a gravidez que não está se desenvolvendo normalmente.

Outras causas possíveis de aborto incluem infecção do útero, diabetes sem controle, alterações hormonais, e problemas no útero. Excesso de cigarro, álcool e drogas ilegais como a cocaína também causam o aborto principalmente no início da gravidez quando os principais órgãos do bebê estão se desenvolvendo.

Um cérvix (parte baixa do útero) incapaz algumas vezes causa um aborto. Durante o trabalho de parto o cérvix dá abertura para permitir que o bebê saia do útero e passe através da vagina. O cérvix que começa a aumentar a abertura muito cedo pode resultar em abortamento. Muitas vezes, se o problema é descoberto cedo, pode ser tratado e para a gravidez continue.

Uma queda da mãe raramente causa aborto pois o bebê está muito bem protegido dentro do útero. Complementando, não há nenhuma evidência que estresse emocional ou físico ou atividade sexual possam causar aborto numa gravidez normal.

Quais são os sintomas?

Os possíveis sintomas incluem:

- Sangramento da vagina. A quantidade de sangue pode variar de algumas gotas de sangue a sangramento intenso. O sangramento pode começar sem nenhum aviso ou pode apresentar um corrimento escuro primeiramente.
- Dor como cãibra em seu baixo abdômen
- Secreção abundante proveniente de sua vagina sem sangue ou dor. Isto pode significar que suas membranas se romperam (sua bolsa d'água estourou).

Pode ser percebido algum material sólido passando através de sua vagina. Tente guardar este material para seu médico examinar.

É possível que não tenha sangramento ou dor, mas o feto tenha morrido e os sintomas da gravidez já não existam mais.

Como é diagnosticado?

Seu médico pode fazer um exame pélvico para checar o tamanho do seu útero e a condição do cérvix pedindo um ultrasom para ver se a gravidez está fora do útero ao invés de dentro dele. (A gravidez fora do útero é chamada de gravidez ectópica) ou mostrar se o óvulo nunca se desenvolveu em feto.

Qual é o tratamento?

Se você apresentar uma ameaça de aborto, há uma chance de sua gravidez continuar. Haverá uma pequena quantidade de sangramento de sua vagina que muitas vezes é indolor, mas pode ser acompanhado de cãibras. O cérvix permanece fechado e o médico recomendará que permaneça na cama por 1 ou 2 dias. O descanso pode parar o sangramento e promover a continuação da mesma normalmente. Precauções especiais como parar com exercícios, descansar seus pés o máximo possível e evitar o relações sexuais pode ser necessário por várias semanas.

Se o sangramento é causado por um cérvix incapaz, este pode ser fechado até a chegada do bebê, sendo também administrados medicamentos para relaxar o útero.

O aborto torna-se inevitável se o sangramento e as cãibras continuarem e o cérvix começar a se abrir. Um abortamento inevitável significa que o feto morreu e nada pode ser feito para impedí-lo. O útero expele inteiramente seu conteúdo. Este é chamado de aborto completo.

O abortamento é incompleto se somente uma parte do conteúdo for expelido. Uma dilatação e curetagem (D&C) ou procedimento de sucção pode ser exigido para remover o restante do feto e da placenta. Nestes procedimentos o cérvix é aberto e o tecido é cuidadosamente raspado ou succionado.

Se o feto morreu mas não teve sangramento, seu médico pode pedir um D&C ou induzir o trabalho para remover o feto e a placenta.

Quais são os riscos associados ao aborto?

Um aborto geralmente não colocará em risco sua saúde a menos que seja incompleto e caso isto ocorra sem ser diagnosticado e tratado, o sangramento pode continuar e o tecido deixado no útero pode infeccionar. A depender do tipo de sangue, o médico pode querer fazer uma imunização preventiva contra problemas que possam ocorrer em gestações futuras.

Quando começar as tentativas de nova gravidez?

Espere para ter relações sexuais de 2 a 4 semanas após o abortamento. Os médicos normalmente recomendam esperar até que tenha passado pelo menos uma menstruação antes de tentar engravidar novamente, portanto é recomendado a utilização de alguns meios anticoncepcionais pelo menos até começar outro período menstrual. Também é importante esperar engravidar até conseguir lidar emocionalmente com a perda.

Como saber qual foi a causa do aborto?

Não se culpe pelo aborto pois é pouco provável que tenha sido causado por algo que tenha feito. Por exemplo, abortos espontâneos não são causados por relações sexuais ou exercícios vigorosos.

Mágoa, raiva, e sentimentos de culpa são comuns. Permita-se sofrer com a perda do bebê. Procure apoio dos amigos ou de outras pessoas que já tenham passado pela mesma experiência. É comum ter medo que seu aborto signifique que não será capaz de engravidar novamente. Lembre-se, contudo, que na maioria das mulheres a próxima gravidez é normal.

Algumas mulheres têm repetidos abortos. (Uma série de 3 ou mais abortamentos consecutivos é chamado de abortos habituais). Estes abortos podem ser causados por algum desequilíbrio dos hormônios ou outra condição que pode ser tratada. Se teve 3 ou mais abortos, é importante que seja examinada para determinar e tratar a causa.

O que acontece depois de um aborto?

- Sua recuperação levará de 4 a 6 semanas.
- Pode apresentar um ponto sensível e desconforto por alguns dias.
- Se estiver grávida há mais de 13 semanas antes do aborto, pode ainda apresentar sintomas de gravidez e seus seios ainda secretarem leite.
- Exercícios de baixo impacto, como a caminhada ou natação, não irão ferir. Exercite-se mais à medida que sentir-se melhor.
- Normalmente seu médico verificará sua recuperação dentro de algumas semanas através de exames.

Quando procurar ajuda médica?

Se você estiver grávida e tiver sangramento na vagina, com ou sem dor, chame seu médico. Se o sangramento for intenso ou você tiver dor forte, veja o seu médico imediatamente.

Se estiver recuperando-se de um aborto, chame seu médico imediatamente se tiver qualquer um destes sintomas;

- sangramento intenso
- febre
- calafrio
- forte dor abdominal

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Aborto Espontâneo
Define-se o aborto como o parto ou perda do produto da concepção, antes da 20° semana de gestação, que corresponde a um peso fetal de 500g. O parto entre a 20-38° semanas é considerado como nascimento prematuro.

Incidência e Etiologia
20-30% das mulheres sangram ou têm cólicas em algum período durante as primeiras 20 semanas de gestação; 10-15% de fato abortam espontaneamente. Uma vez que em 60% dos abortos espontâneos, ou o feto está ausente, ou grosseiramente malformado, e em 25-60% podem ser encontradas anormalidades cromossômicas incompatíveis com a vida, o aborto espontâneo pode ser uma rejeição natural de uma feto mal desenvolvido. 85% dos abortos espontâneos ocorrem no 1º trimestre e tendem a ser relacionados a causas fetais; os fatores maternos causam aborto durante o 2º trimestre. Os fatores maternos que têm sido sugeridos como causa de abortos espontâneos incluem: cérvix incompetente, amputada ou lacerada; MFC ou adquiridas da cavidade uterina; hipotireoidismo, DM, IRC; infecção aguda; uso de cocaína, especialmente "crack"; grave choque emocional. Muitas viroses, mais notavelmente CMV, HSV e rubéola, têm sido implicadas como fatores causais. A importância do mioma uterino, retroversão uterina e ß função do corpo lúteo parece ter sido superestimada. Uma relação com trauma físico não foi substanciada.

Classificação
Um aborto pode ser chamado de precoce (antes da 12° semana) ou tardio (12-20° semanas). Essa distinção é feita porque são encontradas muitas dificuldades no tratamento do aborto tardio. Após a 12° semana de gestação, a cavidade do útero está obliterada e há maior possibilidade da instrumentação levar a uma perfuração. Também a placenta definitiva iniciou sua formação com um suprimento sangüíneo maior e mais organizado, de tal forma que é mais provável que ocorra uma hemorragia. Os ossos fetais também começam a se formar, e os ossos longos dos membros podem perfurar o útero durante a evacuação. Devido ao tamanho do feto após a 12° semana de gestação, também é difícil dilatar a cérvix o suficiente para que ele passe.
Os abortos podem ser espontâneos ou induzidos. O aborto espontâneo é aquele que ocorre sem qualquer instrumentação. O aborto induzido é aquele feito por razões médicas ou eletivas. Os abortos realizados para salvaguardar a vida ou a saúde da mãe, são chamados terapêuticos.
O aborto espontâneo pode ser classificado como ameaça, inevitável, completo ou incompleto. A ameaça de aborto é definida como qualquer hemorragia ou cólica uterina que ocorre nas primeiras 20 semanas de gestação. O aborto inevitável é uma dor intolerável e uma hemorragia que ameaça o bem-estar materno. Se parte do produto da concepção é eliminado, ou se as membranas estão rotas, o aborto é incompleto. Se todo o produto da concepção for eliminado, o útero contraído ao seu tamanho normal e a cérvix estiver fechada, o aborto é completo.
Se a paciente teve 3 ou mais abortos espontâneos consecutivos, é dito que ela apresenta aborto habitual e é necessária uma extensa investigação Dx. Estudos cromossômicos e genéticos devem ser realizados. Entre endocrinopatias e doenças metabólicas que devem ser excluídas estão hipo e hipertireoidismo, DM e IRC. Causas imunológicas como o anticoagulante lupo devem ser investigadas. Defeitos na função do corpo lúteo também devem ser suspeitados. Anormalidades anatômicas do útero (pólipos, miomas, MFCs) devem ser avaliadas através de histerografia, curetagem ou histeroscopia. O tratamento específico, como a unificação de um útero duplo, excisão de um septo ou miomectomia, podem ser necessários.

O aborto retido ocorre quando há morte fetal, mas o feto permanece retido no útero por 4 semanas ou mais. Após 6 semanas dentro do útero, pode desenvolver-se a Sd. do óbito fetal, com CIVD, hipofibrinogenemia progressiva e uma possível hemorragia maciça quando o parto finalmente ocorre. A Sd. do óbito fetal ocorre somente nas perdas do 2º trimestre ou mais tarde.
O aborto retido deve ser suspeitado quando não ocorre crescimento uterino, quando o BCF não é ouvido na época apropriada, ou quando o BCF estava presentes previamente e agora não o estão mais. Um teste sérico ou urinário para b -HCG, torna-se (-) antes do esperado. O US falhará ao mostrar atividade cardíaca. O Dx pode ser confirmado pelo US, e o tratamento iniciado mais precocemente.

O aborto séptico desenvolve-se quando o conteúdo uterino torna-se infectado antes, durante ou após um aborto. A paciente apresenta doença aguda, com sintomas de infecção e em ameaça de aborto ou aborto incompleto – calafrios, T Ý , septicemia e peritonite. Leucocitose (16.000-22.000) está presente. A paciente em estado crítico pode evidenciar choque bacteriano (choque séptico ou por endotoxinas) com colapso vasomotor, hipotermia, hipotensão, oligúria ou anúria e angústia respiratória. Os microrganismos causais incluem: E. coli, enterobacter, proteus, estreptococos, hemolíticos, estafilococos e alguns anaeróbios, como Clostridium perfringens. Se a septicemia se desenvolver com esse último, pode ocorrer anúria, anemia, icterícia e trombocitopenia com equimose. Nos EUA, previamente à legalização do aborto, os abortos sépticos eram associados a abortos induzidos por pessoas não treinadas usando técnicas não estéreis, comumente chamados de abortos criminosos. A incidência de aborto séptico nos EUA tem ß dramaticamente.

Tratamento
O tratamento da ameaça de aborto é conservador; o repouso no leito deve ser sugerido, uma vez que ele parece ß hemorragia e as cólicas. O Dx deve ser confirmado pela US. Se for encontrado um saco gestacional vazio, ou se a atividade cardíaca desaparecer, a evacuação do útero está indicada. A relação sexual deve ser evitada, embora não haja evidência de que ela seja prejudicial. A paciente deve ser encorajada a não trabalhar e permanecer em repouso. Não há evidência de que os hormônios salvem a gestação exceto em muito poucas ocasiões, mas eles podem causar MFCs, particularmente TGVB. Também tem sido associado ao uso de estrogênio para ameaça de aborto, o câncer genital e outras anormalidades genitais nos RNs do sexo feminino.

Os abortos inevitáveis e incompletos precisam ser completados por curetagem ou sucção. Muitos médicos consideram que a curetagem é obrigatória para se provar que o aborto espontâneo está completo; outros preferem observar a paciente por alguns dias e, se não ocorrer nova hemorragia, evitar a curetagem.
No aborto espontâneo devido à incompetência do óstio cervical interno, a cérvix parece incapaz de resistir à pressão progressiva que vem com o crescimento fetal e começa a dilatar. O tecido conjuntivo cervical pode estar enfraquecido congênita (exposição do útero ao DES) ou secundariamente a lacerações cervicais profundas, ou a uma dilatação operatória prévia excessiva. A cerclagem cervical pode tornar possível a continuidade da gestação até o termo.
O aborto retido deve ser completado por uma intervenção médica, assim que haja o Dx de certeza com o US, a morte de um feto dentro do útero pode ser Dx mais precocemente do que antes era possível. Até a idade de 28 semanas, o aborto retido ou o feto morto retido são tratados pela inserção de supositório prostaglandina E2 dentro da vagina.
ATBs e um esvaziamento precoce do útero são obrigatórios para se salvar a vida materna em casos de aborto séptico. O aborto espontâneo tardio pode ser completado pela infusão EV de ocitocina diluída, que causa contrações uterinas e a eliminação dos produtos da concepção. Após o útero ter-se contraído seguindo ao parto do feto, a curetagem pode ser necessária para remover os fragmentos da placenta. A curetagem por sucção é agora utilizada até a 18° semana de gestação.

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